Handheld – Falha na comunicação!
Handheld – Falha de comunicação!
Essa história foi enviada por um amigo meu, o prof. Paulo Teixeira. Provavelmente, você já ouviu falar sobre ele, pois está constantemente ministrando vários cursos sobre diversos tópicos em todo o Brasil.
Dúvidas sobre Handheld
Pode parecer mentira, mas ainda hoje existem muitas dúvidas básicas sobre como configurar um medidor de pressão ou como conectar adequadamente um simples Handheld com o instrumento de campo.
No quadrinho, o técnico de campo está tentando usar um resistor de 250 ohms para comunicar em uma rede FOUNDATION Fieldbus. Viu o problema?
Bom, esse conceito do resistor é algo necessário quando você tem uma comunicação HART.
Quando falamos em uma rede puramente digital como FOUNDATION Fieldbus, isto não é necessário.
Comunicação HART
O protocolo de comunicação HART (Highway Addressable Remote Transducer Protocol) foi inventado pela Rosemount Inc. que hoje em dia é uma das empresas da Emerson Automation Solutions.
O protocolo faz a junção do sinal analógico+digital utilizando o protocolo Bell 202 Frequency Shift Keying (FSK) como base no seu devenvolvimento.
De forma bem simples, o protocolo entende a frequência FSK de 1200Hz como “1” e a frequência FSK de 2200Hz como o valor de “0”.
Além disso, para realizar a comunicação HART é necessário uma impedância mínima e para isso é sugerido uma resistor de 230 ohms.
Mas, por facilidade e padrão é utilizado um resistor de 250 ohms.
Todavia, no campo você pode não precisar do resistor para utilizar seu Handheld, pois o cabo ou entrada do CLP podem ter a resistência necessária para estabelecer a comunicação.
Comunicação FOUNDATION Fieldbus.
A rede FOUNDATION Fieldbus é pioneira no protocolo digital, inserindo o conceito de configuração por blocos. No campo, você tem o padrão H1 e na camada superior o padrão HSE.
Outra característica é que a rede é peer-to-peer, dando maior liberdade em sua utilização. Para ficar mais claro, os instrumentos podem falar entre si e até mesmo realizer o controle no campo (Alguém já viu isso?).
Por ser uma rede totalmente digital, não existe a necessidade de colocar um resistor no Handheld para fazer este tipo de comunicação.
O Handheld irá assumir um endereço de visitante na rede, achando os transmissores no seguimento e se tiver todas as device descriptions necessárias, você poderá configurá-los.
Então, não faça o que você viu no cartoon 🙂
Como dica, deixei um excelente livro escrito pelo brasileiro Augusto Pereira e Ian Verhappen! Tive o prazer de conhecer ambos e também de ler o livro!
Vale cada centavo! Livro: FOUNDATION Fieldbus, 4th edição
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Fabrício Andrade
Tenho 12 anos de experiência no mundo da Automação industrial, comecei minha carreira na JAT Instrumentação, depois trabalhei na Emerson Automation Solutions e Endress+Hauser. Tive a chance de implementar projetos, ministrar treinamentos e resolver problemas em diversas empresas no Brasil e Latina América. Trabalhei por 3 anos na Alemanha em um e-commerce de automação industrial e hoje sou gerente de marketing digital global na Endress+Hauser Suiça focado em IIoT. Além disso, sou cartunista e baterista nas minhas horas de folga.
Matheus Otero
dezembro 18, 2017 em 12:08 amSobre a pergunta em FF (alguém já viu isso) na planta onde trabalho temos, sim, controle descentralizado. Isso permite manutenção nos gateways centrais sem comprometer o funcionamento da planta.
Fabricio Andrade
dezembro 19, 2017 em 12:54 pmInteressante, pois essa utilização não é muito comum. Em reunião com a própria FieldComm Group em Berlim esse ano, eles disseram que não tinham muitos casos, mas pode ser por que isso não é compartilhado. Bom saber, é tópico um interessante para explorar.
Danilo
junho 14, 2020 em 1:07 amA minha questão tem haver com o resistor de 250 ohms, qual é a função deste resistor quando usamos o hart para comunicar com um transmussor